O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou que as eleições pelo sistema eletrônico de votação serão limpas e seguras. A declaração foi feita em entrevista na manhã desta terça-feira (23).
— Cabe unicamente ao Tribunal Superior Eleitoral informar a lisura do processo eleitoral. Então, eu não tenho dúvidas, o processo eleitoral ocorrerá dentro da normalidade. Será, portanto, uma eleição limpa e obviamente o resultado será respeitado, conforme afirmou inclusive o próprio candidato — disse Pacheco, ao comentar declaração do presidente Jair Bolsonaro em entrevista ao Jornal Nacional na noite desta segunda-feira (22).
Na ocasião, o chefe do Executivo afirmou que “serão respeitados os resultados das urnas, desde que as eleições sejam limpas e transparentes”.
O presidente do Senado também reforçou que “as eleições pelo sistema eletrônico de votação são eleições seguras, confiáveis e já testadas” e que, portanto, “não há motivo de desconfiança”.
Segundo Pacheco, toda pessoa que se manifesta a favor do retrocesso democrático, de atos institucionais e pela volta da ditadura está equivocada. Para ele, essas atitudes são “um desserviço, que deve ser rechaçado e repudiado com toda veemência pelas instituições”. O senador considera, no entanto, que as manifestações antidemocráticas que têm ocorrido no país não oferecem risco concreto à democracia.
Votações da próxima semana
Acerca das votações do Plenário na próxima semana, Pacheco esclareceu que ocorrerão sessões nos dias 29 e 30, cujas pautas estão sendo decididas.
— Nós temos medidas provisórias com prazo de vencimento que precisarão ser apreciadas pelo Senado. Nós vamos buscar apreciar todas — explicou o senador.
Sobre os projetos que serão votados, Pacheco disse que há inúmeros pedidos de inclusão na pauta. No entanto, devido às eleições, os senadores vão priorizar os mais urgentes e que têm consenso entre os parlamentares.
— Certamente esse do rol taxativo, já aprovado na Câmara, estará na pauta, porque já foi feito um compromisso nosso com as lideranças partidárias para que ele seja apreciado — afirmou o presidente acerca do Projeto de Lei (PL) 2.033/2022, que obriga planos de saúde a cobrirem tratamentos não previstos pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Pacheco também explicou que o Marco Legal das Garantias de Empréstimos (PL 4.188/2021) dificilmente será pautado na semana que vem.
— Nós estamos avaliando se ele deve ser submetido primeiro a uma comissão da Casa, então não há uma definição de pauta. É provável que ele não seja pautado no dia 29 — afirmou.
Por Mateus Souza, sob supervisão de Sheyla Assunção
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)