O deputado George Melo (DC) debateu e defendeu a legalização da atividade garimpeira em Roraima, na sessão plenária desta terça-feira (26), na Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR). Durante o discurso, o parlamentar frisou a importância da atividade para a economia do Estado e disse que, como presidente da Comissão de Minas e Energia, “não poderia fechar os olhos para a questão” e que estava preocupado com a situação ilegal em que os garimpeiros vivem.
Conforme Melo, Roraima, atualmente, sobrevive com um percentual da economia garimpeira, que tem ajudado o Estado com problemas relacionados à saúde e educação, e aumentaram após a chegada dos migrantes venezuelanos.
“A grande população humilde da Venezuela veio para Roraima e isso fez com que esse Estado tivesse sérios problemas. Nós vimos a questão da saúde, educação, que nós tínhamos uma população de 200/300 mil habitantes, nós temos uma população de mais de 600 mil habitantes e, hoje, talvez, se não fosse a atividade garimpeira, o nosso Estado estaria passando por sérios problemas, de segurança também, muito mais do que já está”, explicou.
O deputado disse, ainda, que convocou para esta sexta-feira (29), às 15 horas, uma reunião com lideranças garimpeiras e os deputados que fazem parte da Comissão de Minas e Energia para discutir a questão do garimpo em Roraima, como por exemplo, a demarcação de uma área específica para atuação dos garimpeiros.
“É justo. Nós temos os quilombolas na Bahia, os indígenas que, nós demarcamos terras a essas pessoas e porque não demarcar, também, uma área de garimpo para que esse pessoal possa trabalhar. Porque não se discutir uma área, fora das áreas indígenas, também, onde se tenha garimpo. Nós temos um setor de geologia, a Codesaima [Companhia de Desenvolvimento de Roraima] para fazer um trabalho e ver uma área em que se legalize, para que esses pais de família possam sobreviver e ter o seu sustento dignamente”, disse.
Ao final do pronunciamento, George Melo destacou que a Assembleia Legislativa é um Fórum de debates e pediu apoio aos colegas de bancada e parlamentares federais para “cuidarem desse segmento de pessoas que precisam da ajuda do Estado e dos Poderes”.