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INOVA AMAZÔNIA: Empresas são impulsionadas para se firmarem no mercado | ASN Roraima

Divulgação/Fonte

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Café produzido em terras indígenas, pimenta com manga, bebidas caseiras fitoterápicas e sensores de queimadas estão entre os produtos apresentados na abertura do Inova Amazônia Tração. A cerimônia inaugural do programa ocorreu na noite do dia 1º de fevereiro no Sebrae, em Boa Vista. O projeto é um esforço ambicioso para impulsionar a inovação e o desenvolvimento tecnológico na vasta biodiversidade da região amazônica.

Os participantes, coordenadores das startus e microempresas, conheceram a metodologia e em seguida o cronograma de atividades voltadas a firmar as empresas, sejam elas de produtos e serviços, no mercado roraimense, inicialmente. Este módulo recebe o nome de Inova Amazônia Tração, justamente como um carro que é tracionado para seguir em frente. Em outras palavras o projeto impulsiona as ideias e negócios voltados ao crescimento sustentável.

Quem nunca ouviu falar em uma garrafada para evitar algum problema de saúde? A dona Maria Celeste Costa trabalhava com esses produtos de forma informal há 26 anos. Mas viu que podia ser uma fonte de renda durante a pandemia de Covid-19 quando as pessoas começaram a se interessar mais para métodos preventivos naturais. Para participar do Inova Amazônia, ela foi atrás da formalização. A microempreendedora, de 63 anos, é uma das participantes do projeto.

Eu espero, literalmente, alavancar minha empresa, tornar conhecida e cooperar com a saúde das pessoas do Estado, com a economia de forma responsável.disse a dona da Cel Phytos.

Maria Celeste Costa, microempreendedora.

Além dos empresários, que sonham alto e prometem fazer a diferença em Roraima, o evento contou com a presença do superintendente em exercício do Sebrae, diretor de administração e finanças Almir Sá, a analisa do Sebrae nacional Valéria Schneider (uma das fundadoras do Inova), o diretor administrativo da Fundação de Amparo à Pesquisa de Roraima (Faperr) José Beethoven Barbosa, autoridades de instituições de ensino, como o reitor da Universidade Federal, doutor José Geraldo Ticianelli, e o professor Romildo Nicolau Alves, do Instituto Federal, representando a reitora Nilra Jane.

“O Inova Amazônia visa acelerar as pequenas empresas que vem com inovação e estão preocupadas com a bioeconomia. O Sebrae tem a responsabilidade de conduzir essas ao seu bom destino”, disse Almir Sá. Ele ainda deu uma dica valiosa:

Uma ideia vale ouro, basta que seja inovadora e faça a diferença no mercado. A Amazônia tem uma riqueza imensa e ela [Amazônia] ainda há muito que ser descoberta. concluiu o diretor.

Superintendente em exercício, Almir Sá.

A startup Treeback iniciou com a ideia de reflorestar. A empresa já foi destaque até fora do Brasil em eventos em Portugal e na Alemanha que promovem a interação entre esse modelo de negócio. Dentro do Inova, a direção decidiu ampliar as formas de proteger as matas e garantir renda de forma direta e indireta e de uma ponta a outra da sociedade amazônica.

Temos esses sensores que identificam mais rápido que os satélites incêndios e queimadas. Eles mandam alertas para as autoridades (…) Dentro do Sebrae tivemos mais essa ideia e foi um divisor de águas. contou Amary Cerqueira, CEO da Treeback, otimista ao dizer ainda que espera vender os seus aparelhos para outros estados da Amazônia e para o exterior.

Amary Cerqueira, CEO da Treeback.

Já Valdeniza Bezerra, de 48 anos, juntou o paladar aguçado, a paixão por pimentas e a criatividade para fazer molhos. O negócio familiar conta com a ajuda da filha e do esposo. Os três colocam em prática as receitas diversas que usam manga, pupunha, tucumã e outras iguarias, além do ingrediente principal – a pimenta.

Delícias e Pimentas Daval está todos os domingos em uma feira de rua em Boa Vista. A intenção da microempresa é semelhante ao de todos os participantes, que o produto ganhe novos rotas, começando pelo Amazonas, onde ela provou um molho semelhante e diz que conseguiu aprimorar.

O Inova veio em um momento certo. Eu quero melhorar meu produto para que ele possa ser exportado. planeja Valdeniza.

Valdeniza Bezerra, microempreendedora.

O projeto do Sebrae nacional é desenvolvido, simultaneamente, em mais dois estados, Amazonas e Pará. A ideia inicial é levar também para outras regiões e biomas do Brasil. A analista nacional do Sebrae, Valéria Schneider explicou que a intenção principal é que as pessoas que moram na região consigam perceber o potencial e gerem o desenvolvimento econômico sem destruir a floresta.

Quando a gente começou a criar o Inova Amazônia tínhamos a ideia de que se tivéssemos vários empresários que conseguissem aproveitar frutas, flores, folhas, cascas de árvores para geração de renda, eles mesmos iriam promover a proteção da região. É um movimento que se espalha. contou Valéria.

Analista nacional do Sebrae, Valéria Schneider.

A Neo Ventures é a empresa aceleradora responsável para os fortalecimentos dos negócios inovadores. No total, 20 empresas participam deste módulo (tração) que tem duração de seis meses. Há um aporte financeiro de R$ 6 mil por mês para investimentos, recurso de um convênio com o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa e o Sebrae nacional. Em Roraima, a Faperr é a responsável pelo pagamento das bolsas.

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