Pesquisar

TARIFA DE ENERGIA Caso aumento não se traduza na melhoria da qualidade do serviço, consumidor deve denunciar, diz Procon Assembleia | ALE-RR

Divulgação/Fonte

Compartilhe:

O novo reajuste tarifário anual de energia elétrica vigora em Roraima desde o início de novembro. O aumento é de 27,15% para consumidores em baixa tensão, 26,88% para aqueles em alta tensão e 27,10% em efeito médio, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Com impacto em cerca de 197 mil unidades consumidoras, a notícia desagradou o instrutor de autoescola Paulo Sadath, que paga em média R$ 800 mensais de conta de energia.

A gente já paga 85 reais de uma taxa de energia pública e não tem iluminação na frente da minha casa, só tem em alguns postes. Fazemos o possível para economizar e pagar essa conta de quase mil reais, além de uma renegociação do antigo dono da casa”, relatou.

Insatisfeito com o custo-benefício do serviço, Sadath, que mora com a esposa e uma enteada no bairro Paraviana, diz que atualmente o salário não acompanha o crescimento das despesas correntes. “Financeiramente, na hora de fechar as contas só é possível porque a minha esposa me ajuda. Ganho só um salário mínimo, então, se eu for depender só disso, não teria como pagar. O que sobraria? Comer o quê?!”, desabafou.

Se não há como intervir no preço como consumidor final, a população pode se informar sobre as novas tarifas no Procon Assembleia, na sede da Superintendência de Programas Especiais da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), localizada na Avenida Ataíde Teive, 3510, bairro Buritisde segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, sem intervalos. Ou ainda pelo atendimento remoto no WhatsApp (95) 98401-9465 e no site: al.rr.leg.br/procon/.

Além disso, pode denunciar caso o aumento não se traduza na melhoria da qualidade do serviço. “Quando falamos de direito à energia elétrica, ela é um direito básico e tem que ser fornecida de forma contínua. Esperamos que esse reajuste não só se caracterize pelo custo de energia, mas também na qualidade, pois é o que o consumidor espera ao pagar um valor mais caro”, afirmou a diretora do Procon Assembleia, Mileide Sobral.

Reajuste versus salário mínimo

Vivendo no único Estado do país desconectado do Sistema Interligado Nacional (SIN) de transmissão de energia e que depende da geração local (termoelétricas), o roraimense literalmente paga o preço pelo isolamento.

Estamos num sistema isolado e ele não tem as variações que tem em outros estados em relação à mudança de bandeira tarifária. Contudo, todo ano, no mês de novembro, é feito o reajuste anual de acordo com os custos da empresa de geração de energia elétrica. Com base nesses custos é que se verifica de quanto deve ser o reajuste. Agora, ao contrário do que tivemos no ano passado, a gente teve um reajuste de mais de 20%”, esclareceu o economista Fábio Martinez.

Independentemente dos motivos do reajuste – os custos com aquisição de energia, em decorrência da elevação do custo médio da energia e potência comercializados pelos agentes de distribuição no ambiente de contratação regulada (ACRmédio), e a retirada dos financeiros anteriores, de acordo com a Aneel – para Martinez, o impacto no orçamento das famílias não é irrisório.

O trabalhador viu o seu salário aumentar em torno de 10%, que foi o acúmulo da inflação, mas vai ter que pagar em torno de 27% mais caro na energia. Na prática, se você tem uma energia em torno de 100 reais, vai pagar 27 reais a mais”, afirmou o economista.

Dicas de como economizar energia

Diante do reajuste anual da Aneel, o roraimense precisa se planejar para reduzir o impacto na conta de energia elétrica. Revisão na rede elétrica e a manutenção em aparelhos eletrodomésticos podem evitar prejuízos. Aproveitar a luz do sol para realizar as atividades diárias também é uma atitude bem-vinda.

Conforme o engenheiro eletricista da Assembleia Legislativa Raone Guimarães, outra dica é deixar os aparelhos fora da tomada quando não estiverem sendo usados. Atenção àqueles que possuem a função standby, pois há consumo.

Quando deixamos os equipamentos ligados na tomada, eles não ficam ligados na sua plenitude, mas ficam no primeiro estágio para entrar em operação e isso já um consumo de energia. É pouco? Sim, mas quando você engloba uma casa e, na medida, em que você tem mais equipamentos ligados na tomada, você pode chegar a uma perda de energia de mais ou menos 10% dependendo da residência”, disse.

A mesma lógica aplica-se aos carregadores de celulares, notebooks, tablets etc. Utilize até que a bateria seja recarregada. Depois, retire da tomada. Apesar de mais caros, investir em eletros com selo e/ou tecnologia com redução de energia pode ser uma alternativa.

Não é muito divulgado, mas existe o selo Procel que o INMETRO registra de equipamentos eficientes. Eles são mais caros, mas a diferença é pouca. Se você pega um ar-condicionado de 12 mil BTUs que é selo B, C, ele custa uns 300 reais a menos do que um de selo A. Se você migrar para uma outra tecnologia, é melhor ainda. Os equipamentos de refrigeração com tecnologia inverter, às vezes, você paga 20% a mais no valor, mas no médio, longo prazo se tem o retorno, porque o equipamento economiza no mínimo 30% de energia”, afirmou Guimarães.

Para que se atinja uma boa performance do equipamento elétrico sem sobrecarregar o sistema interno e o gasto de energia extra, a troca de calor entre o ambiente e o equipamento também deve ser evitada.

Toda vez que você abre a geladeira, há uma troca de calor. Dependendo do nível de exposição, se o ar quente entrar muito, ele dispara o compressor do motor e aumenta o consumo, isso também acontece com o ar-condicionado. Se você deixar o ar ligado num ambiente que há muita troca de calor, ele vai disparar o compressor com mais intensidade. Para evitar troca de calor, pode-se colocar algumas vedações na porta”, exemplificou o engenheiro.

E, por último, aprenda a calcular o seu consumo de energia. Basta multiplicar a potência (medida em watts) do equipamento ou lâmpada pelo tempo que permanecem ligados durante o mês, dividido por 1000, aplicando-se a seguinte fórmula, em quilowatts-horas: consumo em kWh = (potência x horas de uso) / 1000.

Suellen Gurgel

SupCom ALERR – 11.11.22

 Foto: Alvaro Botelho

Fonte: ALE-RR | Assembleia Legislativa de Roraima – Leia mais

PUBLICIDADE

Leia também:

Polícia Militar de Roraima lança operação que reforça segurança durante período de fim de ano

Postado em 12 de dezembro de 2025

FORMAÇÃO CIDADÃ
Parlamento Jovem Roraimense 2025 encerra atividades com solenidade na ALERR

Postado em 11 de dezembro de 2025

Valor da cesta básica apresenta redução em Boa Vista no mês de novembro

Postado em 11 de dezembro de 2025