Pesquisar

DIREITOS DO CONSUMIDOR Procon Assembleia orienta prejudicados após empresa anunciar cancelamento de passagens aéreas promocionais | ALE-RR

Divulgação/Fonte

Compartilhe:

Na sexta-feira (18), a plataforma online 123 Milhas anunciou o cancelamento de pacotes e passagens aéreas da linha “Promo”, que oferta datas flexíveis de voos previstos entre setembro e dezembro deste ano. A medida pegou diversos clientes de surpresa, bem como também causou revolta nos milhares de usuários.

Conforme a empresa, os cancelamentos se devem “à persistência de circunstâncias de mercado adversas, alheias à nossa vontade”. Por esse motivo, “a linha Promo foi suspensa temporariamente”, não podendo ser emitidas as passagens com embarques previstos para esse período. Além disso, a devolução será feita por meio de vouchers.

Vale ressaltar que o Ministério do Turismo cancelou o cadastro da agência na Cadastur (Cadastro de Prestadores de Serviços Turísticos) e, nesta segunda-feira (21), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, confirmou que a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) instaurou processo e convocou a empresa para prestar esclarecimentos.

Ao ver a notícia pela mídia, a servidora pública Ana Caroline Silvano disse estar insegura e frustrada, pois a medida também pode se estender ao seu caso. Ela e mais sete pessoas da família compraram bilhetes da mesma empresa para conhecer o Nordeste do Brasil em janeiro de 2024.

“Quando vimos que haviam sido canceladas, ficamos frustrados porque contamos às crianças que as férias seriam na praia e, agora, estamos nessa incerteza: será que vai ser cancelado, será que vai para frente?”, questionou.

Ana Caroline contou que solicitou respostas da empresa no dia seguinte à publicação da notícia e que, para ela, a 123 Milhas perdeu “totalmente a credibilidade”.

“Estamos aguardando a resposta. Nunca mais vou usar os serviços deles, porque eu viajo com meu filho que tem cinco anos e é muito ansioso. Então, comprar e acontecer de cancelarem de novo? Se a gente se frustra, imagine uma criança”, frisou a servidora.

Se você foi um dos prejudicados pela ação da empresa, saiba que há como recorrer. Segundo a diretora do Procon Assembleia, Mileide Sobral, o ressarcimento mediante vouchers, com validade de 36 meses, 150% do CDI (Certificado de Depósito Bancário) e correção monetária é abusivo, pois tira do consumidor o direito de escolha.

“É interessante que o consumidor saiba que ele não tem somente essa alternativa, e que essa opção única acaba não sendo interessante, além de abusiva, porque há um descumprimento de oferta que, segundo o art. 35 do Código de Defesa do Consumidor, gera alguns direitos, como aceitar outro produto ou serviço equivalentes e ressarcimento dos valores pagos com correção e danos”, explicou Sobral.

A diretora orienta ainda a contatar, primeiramente, a 123 Milhas para chegar a um acordo. “Caso o cliente não esteja satisfeito, pode buscar auxílio do órgão de defesa do Legislativo para ser definida uma melhor estratégia e ter seu direito respeitado”, concluiu.

O Procon Assembleia funciona na Superintendência de Programas Especiais, na Avenida Ataíde Teive, 3510, bairro Buritis. Os atendimentos são das 8h às 18h, de segunda a sexta-feira, no número (95) 98401-9465 (WhatsApp) ou pelo site al.rr.leg.br/procon.

Texto: Suzanne Oliveira

Fotos: Eduardo Andrade / Jader Souza

SupCom ALE-RR

Fonte: ALE-RR | Assembleia Legislativa de Roraima – Leia mais

PUBLICIDADE

Leia também:

INCLUSÃO E TURISMO
Turistea encerra 2025 com reconhecimento nacional

Postado em 16 de dezembro de 2025

Estudantes de Caracaraí representam o Brasil em torneio escolar na Guiana

Postado em 16 de dezembro de 2025

Governo de Roraima conclui entrega de brinquedos nos municípios do interior

Postado em 15 de dezembro de 2025