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SUL DO ESTADO

CHAME de Rorainópolis está de portas abertas para acolher mulheres

Procura ainda é tímida e equipe pede mais encorajamento para romper ciclos de violência
Foto: Tiago Orihuela
Prédio da Procuradoria Especial da Mulher, em Rorainópolis

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Por Yasmin Guedes

Localizado na BR-174, no município de Rorainópolis, região Sul de Roraima, o CHAME (Centro Humanitário de Apoio à Mulher) está à disposição da população para atendimento multidisciplinar a mulheres vítimas de violência doméstica ou em busca de orientação. O acolhimento ocorre de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, sem intervalo para o almoço.

De dezembro de 2021 a março deste ano, a unidade do CHAME em Rorainópolis fez sete atendimentos, a maioria para orientação jurídica sobre a Lei Maria da Penha (Lei Federal nº 11.340/06). No último caso, houve a necessidade de acompanhamento multidisciplinar de advogada, psicóloga e assistente social.

“Sabemos que no Sul do Estado tem um grande número de mulheres vítimas de violência doméstica, então o trabalho do CHAME é essencial para que elas quebrem as amarras de uma relação abusiva e tenham uma vida normal”, destacou a coordenadora do CHAME, Roseli Ribeiro.

O centro é estruturado com salas privativas para atendimento jurídico, psicológico, sala de acolhimento e de escuta qualificada. As crianças têm à disposição uma brinquedoteca para entretenimento enquanto o adulto é atendido. “Qualquer pessoa pode procurar e vir aqui relatar e, dependendo da situação, vamos tomar as providências cabíveis”, explicou.

Pílula da coragem

Nem toda mulher tem força para quebrar a corrente que a prende a um relacionamento abusivo. A melhor maneira disso acontecer é tomar a “pílula da coragem” e denunciar. A psicóloga Valdirene Machado recebe no CHAME de Rorainópolis quem precisa de escuta e direcionamento.

“Fazer com que essa mulher reconheça que se encontra em um ciclo de violência. Primeiro procuramos saber o que ela entende por violência e que precisa quebrar esse ciclo. O fato de ela aparecer aqui já é meio caminho andado”, frisou.

Para quem não conhece, a Lei Maria da Penha preconiza cinco tipos de violência: a física, quando há lesões corporais; a psicológica, quando a saúde mental é afetada; a moral, em que o indivíduo distorce a imagem da mulher para outros; a patrimonial, em que há destruição ou subtração de itens pessoais da mulher e a sexual, em que não há consentimento do ato, sendo casada ou não.

Mas se a coragem não partir de forma voluntária, pessoas próximas podem ajudar a vítima. Valdirene dá algumas orientações:
• Empatia: se colocar no lugar outro, acolher;
• Disposição em ajudar: se ofereça em acompanhá-la à delegacia, ao CHAME;
• Meta a colher: com cautela, mostre a ela por qual tipo de violência passa e mostre sua verdadeira amizade;
• Não se afaste: ela precisa de pessoas confiáveis por perto.

Atendimentos

O CHAME faz parte da Procuradoria Especial da Mulher e está localizado em Boa Vista, na avenida Santos Dumont, nº 1470, bairro Aparecida, e em Rorainópolis, na BR-174, próximo à rodoviária. Ambas as unidades funcionam de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, sem intervalo para o almoço.

O ZapChame é a ferramenta virtual de atendimento ao cidadão. Pelo telefone (95) 98402-0502, a população pode buscar apoio e orientação 24 horas por dia, todos os dias da semana, incluindo sábados, domingos e feriados.

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